Na noite de ontem, 3, guardas municipais (GMs) participaram da abertura do Congresso Família, Gênero e Concretização dos Direitos Humanos, evento realizado pelo Instituto Brasileiro de Direito de Família (Seção Sergipe), pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da OAB Sergipe e pela Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec). Na ocasião, trinta GMs assistiram a duas conferências. Uma, ministrada pela presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha, a respeito do reconhecimento jurídico e social da união homoafetiva, e a outra ministrada pelo membro do Conselho Federal da OAB, Cezar Britto, sobre a luta da mulher pela igualdade.
O diretor-geral da Guarda Municipal de Aracaju (GMA), coronel Enilson Aragão, reconheceu a importância da temática para a formação dos GMs. "A discussão de temas de altíssima relevância social é fundamental para os guardas municipais que atuam diretamente com a comunidade e se deparam com as mais diversas situações", assegurou. Ainda de acordo com o coronel, a participação em um congresso de alto nível auxilia na construção de um conhecimento que deverá ser aplicado no cotidiano de cada agente da instituição. "Nada mais oportuno para os guardas municipais do que a discussão de questões que envolvem discriminação de gênero, enfrentamento à violência contra a mulher, atendimento à criança e ao adolescente, entre outras", afirmou.
Para a GM Karla Galvão, as conferências estão intrinsecamente relacionadas com as suas atividades. "Devemos estar preparados para lidar com as diferentes situações inerentes ao nosso trabalho. Sabemos que nossa função principal é solucionar e extinguir os conflitos de forma legal, jurídica", disse. "Precisamos nos libertar de pré-julgamentos e preconceitos, para que seja respeitada toda e qualquer orientação, religiosa, sexual, entre outras. Devemos ser imparciais para podermos obter resultados positivos em nossa atuação profissional", finalizou a guarda.
Sobre o Congresso
Com uma programação que prossegue até sexta-feira, 5, a proposta do congresso é discutir graves problemas que afetam a famílias, a exemplo da violência de gênero, exploração infanto-juvenil e outras violações dos direitos fundamentais.
